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Uso de cheques despenca em uma década, mas continua representativo
Para especialistas, hábito de pagamento é uma questão cultural.
Há uma década, o uso de cheques no Brasil vem caindo gradualmente. Para se ter uma ideia, entre janeiro e agosto do ano 2000, foram compensados 1.755.490.439 cheques; em igual período de 2010, os cheques compensados totalizaram 747.539.896, segundo dados da Serasa Experian. Portanto, em uma década, houve uma redução de 57,4% na emissão de cheques.
Há quem acredite que a “morte” do cheque é uma questão de tempo. Mas especialistas ouvidos pelo G1 discordam desta teoria. “Não acreditamos que o cheque se extinga”, diz Walter Tadeu Pinto de Faria, diretor adjunto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “Ainda é muito cedo falar em morte do cheque”, acredita Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian.
Faria, da Febraban, explica que a queda acentuada no volume de cheques ocorreu a partir da implantação do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), em 2002. Naquele ano, o número de cheques compensados foi em torno de 2,4 bilhões. Em 2009, sete anos depois, o volume caiu praticamente à metade, com a compensação de 1,2 bilhão de cheques, aproximadamente.
“Muita gente deixou de usar cheque, mas muita gente entrou no mercado financeiro, tornou-se bancarizado, e passou a utilizar. Portanto, você tem estes dois movimentos”, diz Faria.
Para ele, as pessoas que estão entrando agora no mercado financeiro tendem a priorizar o uso do cheque por falta de familiaridade com os meios eletrônicos. Mas, na análise do executivo, a partir do momento que a pessoa passe a conhecer melhor as alternativas de pagamento – como as transferências de crédito e os cartões de débito e crédito – a tendência é que também migre para estas modalidades.
Almeida, da Serasa Experian, destaca que, embora o volume de cheques compensados venha caindo ano a ano, ainda é muito grande o volume de documentos compensados. “A gente tem mania de avaliar olhando os grandes centros urbanos. No interior, o volume [de cheques emitidos] é muito grande”, diz.
Para ele, as empresas também são responsáveis por um volume constante de compensação de cheques. “Vamos ter a pessoa jurídica usando cheque durante bastante tempo. Não é o cartão corporativo que vai pagar o fornecedor”, avalia.
O economista da Serasa Experian cita os dados do Banco Central, que apontam que 15,1% das transações feitas no país em 2009 foram com cheques; 28,3% com cartão de débito; 34% com cartão de crédito; e 22,6% por meio de transferência de crédito (que se faz pela internet e em caixas eletrônicos). Para ele, embora os cheques hoje correspondam praticamente à metade da utilização do cartão de crédito, ainda assim, é um volume representativo.
Cultura
José Antônio Praxedes Neto, presidente da TeleCheque, ressalta que o uso do cheque no Brasil tem uma característica bastante diferente do que ocorre no restante do mundo. “No Brasil, o cheque é usado como instrumento de crédito e não como meio de pagamento. Isso é uma diferença muito séria”. Segundo ele, 80% dos cheques emitidos no país são pré-datados.
O executivo concorda que o número de cheques emitidos vem caindo gradativamente, mas destaca que o valor movimentado por este meio de pagamento está aumentando. Segundo dados do Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo do Brasil, publicado pelo Banco Central, em 2005, o cheque movimentou R$ 2,2 trilhões; em 2009, este valor subiu para R$ 2,5 trilhões.
O estudo do BC aponta que, em 2009, a média de cheques emitidos por habitante foi de 6; em 2005, este número chegava a 10.
Para Praxedes Neto, enquanto houver tamanha concentração de renda e famílias com renda média de R$ 1.100, o cheque continuará servindo como mecanismo de crédito. “Quem dá crédito realmente para o consumidor é o varejista, é o lojista, é o próprio mercado”, defende.
Ele explica, ainda, que o cheque é a primeira opção quando se fala em compras de maior valor agregado, como uma geladeira, material de construção ou automóvel. No entanto, no caso das chamadas compras triviais, ou seja, um almoço, uma roupa, a tendência é que o uso do cartão aumente cada vez mais.
Carlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian, diz que hábito de pagamento é uma questão cultural. “No Japão, o cheque não teve penetração, porque lá é a cultura do cartão. Nos Estados Unidos, tem bastante volume de cheques compensados. O americano paga suas contas de água, luz por cheque; coloca no envelope e manda para o banco. As universidades usam com seus alunos o cheque pré-datado”, cita.
Walter Tadeu Pinto de Faria, da Febraban, concorda. “É uma questão cultural. Muita gente compra pré-datado. No cartão, pode parcelar, mas prefere soltar dez cheques. Existe a cultura da utilização do papel”, diz.
O executivo admite que, embora os bancos coloquem o cheque à disposição de todos os clientes, as instituições financeiras preferem o uso dos meios eletrônicos. “É um custo menor para os bancos, mas também por segurança. Como [o cheque] é um meio físico, é mais factível de uma fraude.”
Inadimplência
Praxedes Neto, da TeleCheque, destaca que, embora a inadimplência do consumidor esteja subindo, a inadimplência no cheque está caindo. “Isso se deve ao aumento do uso de cartão na classe C.”
“Hoje, temos a inadimplência crescendo e a utilização do cheque caindo. Não é o cheque que pressiona a inadimplência”, diz Almeida, da Serasa Experian. Para ele, o consumidor endividado vai optar pelo uso do cartão de crédito, por exemplo, que oferece um prazo maior para pagamento, dá a possibilidade de fazer apenas o pagamento mínimo, de renegociar a dívida.
Mas Faria, da Febraban, lembra que o número de cheques sem fundo ainda é alto. “Se pegar o volume de cheques sem fundos, está na faixa de quase 5 milhões de cheques por mês. Em 2010, a média tem sido aproximadamente esta.”
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